A síndrome das pernas inquietas é definida como uma sensação desconfortável nas pernas, nos braços ou em ambos, quando se está sentado ou deitado, e a que se associa uma vontade irresistível de os mover. É uma doença crónica, que interfere de forma importante com a qualidade de vida. Pode ocorrer em qualquer idade e geralmente agrava-se com o avançar da idade.
As causas mais comuns são: gravidez, insuficiência renal terminal, anemia por carência de ferro - provoca uma alteração na síntese de dopamina com consequente alteração do funcionamento dos neurónios que usam a dopamina como neurotransmissor. Outras doenças que se associam a esta síndrome são: diabetes, doença de Parkinson, artrite reumatoide, deficiência de magnésio, apneia de sono, doenças da tiroide, o Síndrome de Sjögren e doença celíaca.
SINTOMAS
- Os sintomas surgem ou pioram quando está em repouso e tendem a desaparecer com o movimento;
- Piora durante a noite ou quando está sentado e pode ser confundido com nervosismo ou com movimentos que faz quando a pessoas está tensa ou distraída;
- Estes sintomas podem causar dificuldade em adormecer e na própria manutenção do sono. 80% das pessoas com esta síndrome apresentam movimentos periódicos durante o sono que tendem a ocorrer a cada 20 ou 30 segundos, e causa despertares que interrompem o sono e afetam a sua qualidade;
- Dessa forma, é comum o cansaço, sonolência, maior irritabilidade, dificuldade em gerir o stress, depressão, falta de concentração e de memória.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico tende a ser clínico e baseia-se nos sintomas. Existem exames que podem ajudar a confirmar e excluir outros quadros. Podem ser pedidos alguns testes laboratoriais, como os que avaliam o metabolismo do ferro, que analisam a glicemia em jejum, o magnésio, a ureia e creatinina e o teste de gravidez. O estudo do sono permite detetar movimentos anormais e periódicos dos membros, o que ajuda a confirmar o diagnóstico.
TRATAMENTO
O tratamento varia de caso para caso. A terapêutica deve ter como objetivo aliviar as suas manifestações e melhorar a qualidade de vida.
- Uma boa higiene do sono (encontrar o melhor horário para dormir e acordar e tentar mantê-lo todos os dias);
- Atividade física;
- Massagens;
- Banhos quentes;
- Evitar estimulantes como cafeína, tabaco e álcool bem como o uso de medicamentos que agravam os sintomas;
- Existem diversos medicamentos que podem ser úteis no tratamento desta doença. A sua seleção deve ser sempre feita pelo médico, em função de cada situação.
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